Não sabes, Clara, que pena
Eu teria se - morena
Tu fosses em vez de clara !
Talvez... Quem sabe ?... Não digo...
Mas refletindo comigo Talvez nem tanto te amara !
A tua cor é mimosa,
Brilha mais da face rosa,
Tem mais graça a boca breve.
O teu sorriso é delírio...
És alva da cor do lírio,
És clara da cor da neve !
A morena é predileta,
Mas a clara é do poeta !
Assim se pintam arcanjos
Qualquer, encantos encerra,
Mas a morena é da terra
Equanto a clara é dos anjos !
Mulher morena é ardente:
Prende o amante demente
Nos fios do seu cabelo. -
A clara é sempre mais fria,
Mas dá-me licença um dia
Que eu vou arder no teu gelo !
A cor morena é bonita,
Mas nada, nada te imita
Nem mesmo sequer de leve. -
O teu sorriso é delírio...
És alva da cor do lírio,
És clara da cor da neve !
Casimiro de Abreu (1858)
Eu teria se - morena
Tu fosses em vez de clara !
Talvez... Quem sabe ?... Não digo...
Mas refletindo comigo Talvez nem tanto te amara !
A tua cor é mimosa,
Brilha mais da face rosa,
Tem mais graça a boca breve.
O teu sorriso é delírio...
És alva da cor do lírio,
És clara da cor da neve !
A morena é predileta,
Mas a clara é do poeta !
Assim se pintam arcanjos
Qualquer, encantos encerra,
Mas a morena é da terra
Equanto a clara é dos anjos !
Mulher morena é ardente:
Prende o amante demente
Nos fios do seu cabelo. -
A clara é sempre mais fria,
Mas dá-me licença um dia
Que eu vou arder no teu gelo !
A cor morena é bonita,
Mas nada, nada te imita
Nem mesmo sequer de leve. -
O teu sorriso é delírio...
És alva da cor do lírio,
És clara da cor da neve !
Casimiro de Abreu (1858)
1 comentários:
Foda!
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